O novo Aeroporto Internacional Dr.
António Agostinho Neto e o Corredor do Lobito estiveram em destaque, nesta
terça-feira, dia 18 de junho, em Lisboa, num evento destinado à apresentação
das potencialidades de projetos e oportunidades de negócios a empresários de
países da lusofonia, refere a agência noticiosa angolana ‘ANGOP’, em despacho
da capital portuguesa.
Os dois empreendimentos foram
realçados no decorrer do ‘Doing Business Angola 2024’, organizado pelo ‘Jornal
Económico’, e pela revista ‘Forbes’ (edições Portugal e África Lusófona), para
explicar aos empresários as potencialidades dos respetivos projetos e a
oportunidade de negócios que representam.
Ao intervir no encerramento do
certame, o ministro angolano Ricardo Viegas Abreu (na imagem de abertura)
destacou a importância do Plano Nacional do Sector dos Transportes, no qual se
destaca o Corredor do Lobito.
Segundo o governante africano, o
projeto insere-se numa dinâmica de ativação das infraestruturas na economia
global, através da arrecadação de receitas que resultam da cobrança de taxas de
concessão aos grandes investidores internacionais, resultando, até agora, na
entrada de 380 milhões de dólares para o Orçamento Geral do Estado (OGE).
Disse que a extensão do Corredor
do Lobito até à Zâmbia, através do Caminho de Ferro de Benguela, permite
promover o emprego, através do sector privado, para a mão de obra das
diferentes indústrias que podem ser criadas ao longo da linha férrea.
Sugeriu que o Governo português
crie uma linha de crédito específica para apoiar empresas lusas que queiram
aproveitar as potencialidades económicas criadas pelo Corredor do Lobito.
Quanto ao novo Aeroporto Internacional Dr.
António Agostinho Neto, foi anunciado que as operações de voos comerciais com
passageiros arrancam ainda neste ano, como já fora determinado pelo governo
angolano, tendo sido escolhida a data de 13 de outubro.
Segundo Paulo Nóbrega, diretor do Gabinete
Operacional do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, encarregue da apresentação,
13 de Outubro foi a data estabelecida para o arranque das operações, o que vai
obrigar a um enorme esforço logístico para colocar tudo a funcionar, de modo
que a data seja cumprida.
Sobre esta infraestrutura, o ministro
Ricardo Abreu disse que um dos grandes objetivos do novo aeroporto é fazer de
Angola uma placa giratória da aviação entre a Europa e outros destinos
intercontinentais, nomeadamente em África.
Atualmente, a principal placa giratória
para a aviação em África está sedeada em Joanesburgo, mas o titular dos
Transportes acredita que o facto de Angola estar três horas mais perto da
Europa poderá ser determinante para o alavancar das operações no novo Aeroporto
Internacional da capital angolana.
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Foto
de abertura © Jornal Económico TV